Brasil enfrenta pior índice de queimadas em 14 anos, segundo dados oficiais

O Brasil registrou mais de 68 mil focos de queimadas em agosto de 2024, o maior número para o mês em 14 anos, de acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). A Amazônia e o Cerrado foram as regiões mais afetadas, com um aumento significativo em relação ao ano anterior. Especialistas apontam que o desmatamento ilegal, práticas agrícolas inadequadas e a seca extrema são os principais fatores que impulsionaram esse crescimento alarmante.As queimadas, além de destruírem grandes áreas de floresta, afetam a qualidade do ar em cidades distantes dos focos de incêndio, provocando uma crise de saúde pública. Municípios de São Paulo, por exemplo, já registram um aumento nos índices de poluição e internações hospitalares devido a problemas respiratórios. A Defesa Civil e o governo federal têm intensificado esforços para combater os incêndios, mas os desafios são enormes.O governo está sob pressão de organizações ambientais e da comunidade internacional para intensificar a fiscalização e adotar medidas mais rigorosas contra o desmatamento e as queimadas ilegais. A situação também trouxe à tona o debate sobre a política ambiental do país, que enfrenta críticas pela flexibilização de leis de proteção ambiental nos últimos anos.A expectativa é que as condições climáticas permaneçam desfavoráveis nas próximas semanas, o que pode agravar ainda mais o cenário de queimadas no Brasil. As autoridades alertam que o combate ao fogo será intensificado, mas o apoio da população e de grandes setores econômicos, como o agronegócio, será fundamental para conter o avanço da destruição.Essa crise ambiental exige ações rápidas e coordenadas para evitar que o Brasil continue perdendo suas áreas florestais a uma taxa tão alarmante.