Em uma eleição marcada pela intensa polarização e um clima acalorado, Donald Trump, ex-presidente e candidato do Partido Republicano, foi eleito presidente dos Estados Unidos pela segunda vez, vencendo a democrata Kamala Harris. A vitória foi confirmada após uma projeção de vitória em Wisconsin, um estado-pêndulo crucial que lhe garantiu os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral. Trump agora se torna o segundo presidente na história dos EUA a retornar ao cargo após uma derrota eleitoral, seguindo Grover Cleveland, que governou entre 1885-1889 e 1893-1897.
A campanha de Trump foi marcada por promessas de políticas econômicas mais agressivas e cortes de impostos. Entre suas principais propostas, ele destacou a eliminação do imposto de renda sobre gorjetas, horas extras e benefícios de Previdência Social, além de uma abordagem mais dura contra a imigração. Trump também propôs tarifas mais altas para importações, especialmente de produtos chineses, prometendo um fortalecimento da economia doméstica e defesa dos empregos americanos.
Esse retorno ao poder também reflete um cenário profundamente dividido no país, com debates intensos sobre temas como imigração, política externa e economia. Durante toda a campanha, a polarização política ficou evidente, com protestos e demonstrações de apoio fervoroso para ambos os lados. Kamala Harris, que visava se tornar a primeira mulher presidente dos Estados Unidos, representou uma proposta de continuidade para as políticas democratas, buscando reverter muitas das medidas adotadas por Trump durante sua primeira administração.
Trump, por outro lado, usou sua campanha para enfatizar a necessidade de “restaurar a grandeza” da nação, ecoando seu slogan de 2016, “Make America Great Again”. Suas promessas de endurecimento nas políticas de imigração, redução de impostos e aumento de tarifas de importação foram centrais para atrair eleitores que acreditam que uma abordagem protecionista é a chave para a recuperação econômica.
Outro ponto crucial na vitória de Trump foi o apoio entre estados tradicionalmente republicanos, além de uma reconquista de alguns votos nos estados-pêndulo que haviam apoiado Joe Biden na última eleição. A eleição de 2024 revelou um cenário político mais fragmentado, com a desconfiança em relação ao governo anterior e à política tradicional estimulando uma divisão ainda mais profunda entre os americanos.
Analistas apontam que este segundo mandato de Trump pode trazer mudanças substanciais nas relações internacionais dos Estados Unidos, especialmente em relação à China e à Europa. Além disso, o novo governo deve enfrentar desafios como a polarização interna, questões de direitos civis e a recuperação econômica pós-pandemia. As mudanças prometidas por Trump, particularmente em relação ao sistema de impostos e imigração, podem trazer impactos significativos não apenas para a economia, mas também para os setores de saúde e segurança.
A vitória de Trump indica uma continuidade das políticas republicanas em diversas áreas e promete uma administração voltada para os interesses internos dos Estados Unidos. Ele já adiantou, durante discursos de campanha, que pretende reduzir o envolvimento americano em conflitos estrangeiros, mas manter uma postura firme com adversários internacionais.
Para os próximos quatro anos, a expectativa é de que Trump conduza o país com base em uma agenda protecionista e de forte controle sobre questões internas, buscando reformular o governo americano com foco na recuperação econômica e no fortalecimento das indústrias nacionais. Esta vitória representa não apenas a força do movimento de apoio a Trump, mas também uma guinada significativa no futuro da política americana e um novo capítulo na história do país, onde a divisão e a polarização ganham destaque.