O youtuber Monark foi condenado a um ano de detenção em regime aberto pelo crime de injúria contra o ministro da Justiça, Flávio Dino. A sentença foi proferida nesta segunda-feira (7/10), pela Justiça do Distrito Federal. Monark, cujo nome real é Bruno Aiub, foi acusado após ofensas direcionadas a Dino durante um episódio de seu podcast, “Monark Talks”. Além da condenação, o influenciador deverá pagar multa e poderá substituir a pena de prisão por prestação de serviços à comunidade, como prevê a legislação em casos semelhantes.
A injúria teve origem em um episódio transmitido ao vivo, onde Monark fez diversas críticas ao ministro, usando termos considerados ofensivos e desrespeitosos. O processo foi movido por Flávio Dino, que, na ação, alegou que o youtuber extrapolou os limites da liberdade de expressão ao proferir xingamentos e insultos direcionados à sua honra e imagem pública.
O juiz responsável pela sentença destacou que a liberdade de expressão não deve ser confundida com a prática de crimes contra a honra, e que o youtuber deveria ter mantido o debate em um nível respeitoso. Segundo o magistrado, as palavras de Monark feriram a dignidade de Flávio Dino, configurando o crime de injúria.Monark, conhecido por declarações polêmicas e controvérsias envolvendo seus posicionamentos, já enfrentou outras críticas públicas, mas essa foi a primeira vez que ele foi condenado criminalmente. A defesa do influenciador afirmou que irá recorrer da decisão, alegando que Monark apenas exerceu seu direito à liberdade de expressão e que não houve a intenção de ofender o ministro da Justiça.Flávio Dino, que tem sido uma figura de destaque no cenário político nacional, ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso após a sentença. Nos bastidores, entretanto, a condenação é vista como um marco na defesa da honra de figuras públicas contra ofensas proferidas por influenciadores e personalidades da internet.O episódio reacende o debate sobre os limites da liberdade de expressão e até onde críticas a autoridades públicas podem ir sem se transformarem em crimes. O caso de Monark pode estabelecer um precedente importante para futuras ações judiciais envolvendo figuras públicas e influenciadores digitais.