A crise política na Venezuela deu mais um passo preocupante com o cerco à embaixada da Argentina em Caracas, onde membros da equipe da opositora María Corina Machado estão abrigados desde março. De acordo com denúncias feitas por líderes da oposição, forças de segurança venezuelanas, incluindo agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) e da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), cercaram a embaixada na última sexta-feira (6). Além disso, a energia elétrica do local foi cortada, e jornalistas estão sendo impedidos de se aproximar da área.
A embaixada está sob custódia do Brasil, após o rompimento de relações diplomáticas entre a Venezuela e a Argentina devido à polêmica reeleição de Nicolás Maduro, contestada por diversas nações e acusada de fraude. Segundo Magalli Meda, chefe de campanha de María Corina Machado, os asilados estão enfrentando condições extremas, sem energia e com o acesso ao local restrito. “Estamos com a energia cortada e acesso tomado”, afirmou Meda em suas redes sociais.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) também se manifestou sobre o incidente. Luis Almagro, secretário-geral da organização, condenou o regime de Maduro, afirmando que as ações violam o direito internacional e apelando por uma resposta contundente da comunidade internacional.
O cerco à embaixada é visto como mais um episódio de repressão por parte do governo venezuelano contra a oposição, em um cenário político cada vez mais tenso e polarizado.
Fontes próximas à oposição venezuelana reforçam que este ato busca intimidar opositores e pressionar líderes que buscam refúgio diplomático. As tensões seguem aumentando, com um apelo da oposição por maior intervenção internacional e a busca por uma solução pacífica para a crise política no país.